É fato que, a dinâmica da vida em sociedade evoluindo em várias frentes, requer organização, por exemplo, gerando a necessidade do Direito. Sim! A sociedade cria o Direito para formular as bases da ordem, da justiça e da segurança, humanamente falando. O legislador por sua vez não inventa as normas de forma unilateral. Os valores presentes no Direito são expressão da vontade dessa mesma sociedade. Sendo assim, o Direito é fator da adaptação social e não corresponde às necessidades individuais de cada pessoa. Corresponde a uma carência da coletividade de paz e segurança, observadas principalmente na previsibilidade jurídica.
Assim, o Direito não constitui fim em si mesmo, tratando-se apenas de meio necessário a tornar possível a convivência e o pregresso social. Nesse sentido, tal qual a sociedade se encontra em constante mudança, o Direito deve estar sempre se refazendo, de acordo com a mobilidade social, pois só assim será eficaz na garantia do equilíbrio e da harmonia da sociedade.
Muito bem, porém, houve um tempo que o Direito era baseado no Romano e as Leis tinham como premissa as Sagradas Escrituras. Agora, na era pós-moderna, com a população “fazendo evoluir” para a defesa dos interesses coletivos, que pelo pecado, influenciam por uma depravação geral, o que se pode esperar?
Como ser social, o homem vai se adaptando ao contexto que cerca (mundo). Vai tomando a forma do modus vivendi do seu entorno. Porém, como ficará a questão dos valores éticos morais cristãos?
Emmanuel Kant, filósofo alemão do Séc. XVIII, afirmou que “direito é o conjunto das condições, segundo as quais o arbítrio de cada um pode coexistir com o arbítrio dos outros, de acordo com uma lei geral de liberdade”. E é essa liberdade que realmente queremos?
Deve-se analisar se podemos e devemos abraçar os valores relativos em detrimento dos valores absolutos – DEUS e sua Palavra -, pois, a Lei de DEUS, e o DEUS da Palavra tem com fim guardar-nos de nós mesmos!
Não é interessante que o homem tenha sido reconhecido como o próprio lobo do homem, e nesse momento, e daqui para frene, pareça que o homem está sendo entregue a si mesmo?
Devemos temer, portanto, o que diz S. Paulo, em Rm 1.20: “Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder, como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas. Tais homens são, por isso, indesculpáveis; 21 porquanto, tendo conhecimento de Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, se tornaram nulos em seus próprios raciocínios, obscurecendo-se-lhes o coração insensato. 22 Inculcando-se por sábios, tornaram-se loucos 23 e mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis. 24 Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; 25 pois eles mudaram a verdade de Deus em mentira, adorando e servindo a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém! 26 Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; 27 semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro. 28 E, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes, 29 cheios de toda injustiça, malícia, avareza e maldade; possuídos de inveja, homicídio, contenda, dolo e malignidade; sendo difamadores, 30 caluniadores, aborrecidos de Deus, insolentes, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais, 31 insensatos, pérfidos, sem afeição natural e sem misericórdia. 32 Ora, conhecendo eles a sentença de Deus, de que são passíveis de morte os que tais coisas praticam, não somente as fazem, mas também aprovam os que assim procedem”.
O contexto social imediato afiança que, se a liberdade do indivíduo vai até onde não fere a liberdade do outro. Porém, será que os dois podem estar errados e na verdade, ao invés de livres são aqueles que são escravos de suas paixões?
Sabe-se que, a diferença entre princípio e regra é que, esta diz o que se deve ou não fazer em situações específicas; enquanto aquele proporciona critérios para posicionamento diante de uma situação concreta. Partindo dessa assertiva, a Lei de DEUS é um absoluto inegociável e continuará sendo perfeita – como é o Autor – até o fim! Nada dela passará!
E ainda, dessa assertiva, podemos bradar que, o que DEUS não no-lo revelou como sua expressa Vontade na Santa Palavra fica por ela conhecido com princípio advindo da sua lei. Como ELE, Três Vezes Santo, é para sempre Justo e Perfeito, tudo o que decorre do Seu Caráter é o mesmo: Justo e Perfeito. Aqueles que se guiam por DEUS, pela Sua Palavra, sendo assim guardados de si mesmos, entendem que algumas coisas e situações podem ser adaptadas e contemporanizadas. Outras não!
Desta feita os cristãos autênticos não vão tomar a forma do mundo! Teremos e viveremos conflitos que, porque tudo está evoluindo e os nossos pilares não, serão mais e mais acirrados.
Preparemo-nos e clamemos: Maranata!