O Novo… É ruim? (Pastoral Rev. Giovan Casteluber)

2Pe 3. 13 “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”.

Certamente, as pessoas de duas ou três gerações atrás perceberam nitidamente como as coisas aceleraram nos últimos 40 anos… Lembra quanto tempo demorava para um carro sair de linha? Hoje, com 6m é lançado e está fora. Os modelos do ano seguinte saem em junho do ano anterior. Os celulares são novos a cada 3m. Há uma TV nova a cada 2m. As tecnologias são novas trimestralmente.

Assim, tudo é bom, se bem utilizado… para a Glória de DEUS, englobando o bem de pessoas. Logo, o novo é bom, mas, ao mesmo tempo tem se tornado opressivo. O indivíduo “tem” que ter, “tem” que gastar… o profissional tem que se atualizar, ou, com 5 anos sem se reciclar… está fora do mercado. Há 50a, um bom profissional era aquele que entrava e permanecia na mesma empresa até se aposentar. Atualmente, se não tiver multi experiências está prejudicado curricularmente.

Nossos filhos sofrerão um pouco, mas, nossos netos viverão essa coisa frenética de tudo novo em períodos cada vez mais curtos, pelo que creio que isso seja impossível subsistir assim. Então, o “tempo do fusca”, da TV com seletor de canais, da inexistência da máquina de lar e micro-ondas, com toda a sua simplicidade, tinha muito de bom.

Caminhando para o lado espiritual, todo crente deve desejar 2Co 5.17: “E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas”., ou seja, coisas novas! Novidade de vida! Transformação de dentro para fora!

É nessa linha que está o verso inicial, quando o Apóstolo Pedro fala de novos céus e terra reinando a justiça. Sim! Queremos o novo, não apenas por ser novo, mas, por ser mais carregado, mais assertivo, mais de acordo com o Ser do Nosso DEUS.

Aí, ao invés de uma corrida desenfreada, estamos, na verdade, em busca das veredas antigas, como cita Is 6. 16 “Assim diz o SENHOR: Ponde-vos à margem no caminho e vede, perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho; andai por ele e achareis descanso para a vossa alma;…”

As veredas antigas são aquelas que perdeu Adão, nosso pai federal. O Éden é o nosso sonho! Queremos aquela novidade, de volta!

Enfim, o novo pode ser bom, se não nos deixarmos dominar pelo desejo apenas por desejo (1Co 6.12).  O novo deve nos remeter a:

•  A Bondade de DEUS, para que O glorifiquemos;

• Ao bem das pessoas do entorno;

• A que queiramos, in fine, que o novo nos leve ao antigo relacionamento face a face, íntimo, impagável, com DEUS!

O novo pode ser nefasto quando “você comprar algo que não precisa, com o dinheiro que não tem, para impressionar quem nem conhece”! O novo pode ser nefasto quando se vir envolto numa roda viva que não consiga responder para si mesmo, para ninguém, sobre para DEUS: o porquê daquilo!

Assim, querido leitor, queira um culto novo, uma liturgia nova, uma Bíblia Nova, um DEUS Novo… Mas, não de capa-exterior! Não! Antes, O mesmo e Imutável, que não sofre sequer sobra de variação, mas, que vai operando novidade de vida na sua transformação, conformando-lhe, paulatinamente – à pessoa do Cristo das Escrituras. Esse é o NOVO, de prazer incomensurável aqui e que reverbera na eternidade! Queira esse! Persiga-O!

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