E, além de não assistido, porque todas as palavras no original apontam-requerem serviço prestado a DEUS – somente, o Culto, igualmente, não é veneração, como dito pela fé romana. Não é uma festa de prazer atendendo ao anseio dos hedonistas. Não é um encontro para exigir-decretar, tal o que imaginam os pentecostais e os neopentecostais. É advindo do eleito, ou pela comunidade dos eleitos! O culto é ofertado com zelo e reverência, alegria e temor, profissão e adoração, contrição e esperança, aceito, unicamente, porque é prestado na mediação poderosa de CRISTO Jesus.
Aliás, ainda sob essa exígua via, ensina o Dr. Geerhardus Vos:
“… Dividir a nossa devoção religiosa e dar parte dela ao verdadeiro Deus que nos criou e parte a alguma outra pessoa ou objeto de culto é extremamente ofensivo a Deus… Prestar culto a santos, anjos e quaisquer outras criaturas por que: (a) Não foram eles que nos criaram e por isso não têm direito à nossa devoção religiosa. (b) não foram eles que nos redimiram do pecado, e por isso a nossa gratidão pela salvação não lhes é devida, mas somente a Deus. (c) eles não são os mediadores entre Deus e nós, por que só existe um único mediador: o senhor Jesus Cristo. Por isso todo e qualquer culto religioso prestado a santos, anjos e quaisquer outras criaturas subtrai inevitavelmente o culto e honra que são devidos exclusivamente a Deus”. (VOS, 2007, p.315, 326).
Outrossim, afirmamos biblicamente, amparados pela confessionalidade da Fé Reformada, com o teocentrismo monolátrico, que há um só Deus, subsistindo em três Pessoas igualmente divinas: Pai, Filho e Espírito Santo, em quem cremos e a Quem adoramos em espírito e em verdade, como biblicamente dito os versos iniciais dessa pastoral.
O culto, portanto, não pode fugir aos parâmetros estatuídos no que Deus requereu, pois não é realização humana, mas divina. (FIGUEIREDO, p. 218).
O Culto é Deus operando, nos seus, a adoração do Seu Ser como uma obrigação-privilégio de prestar-Lhe o supremo serviço, pois, isso é um ditame da natureza humana criada para tanto (Ec 3.11)! E, se o ser humano detém a demanda intrínseca da transcendência, o modo, a forma para a adoração, não é antropocêntrica ou cultural, antes é escriturística, ou poderá transformar-se em ofensa.
E alguém pode pensar que é exacerbado esse zelo, porém, com tudo isso ainda nada chegará à absoluta e inerente perfeição de Deus! Ou seja, ELE só aceitará o que Lhe for prestado como culto, do que mais acuradamente entendemos como Sua Vontade, se o for na mediação única e poderosa de CRISTO, porque somos os imperfeitos, dirigindo-nos aO que é Três Vezes Santo, Justo e Perfeito.
Os servos têm solenidade por colocarem-se no seu lugar, reconhecendo a superioridade do a ser adorado como Criador, Preservador, Governante para o bem… expressando a absoluta dependência DELE a manifestar-nos a Sua infinita bondade, só por Graça!
Enfim, as Escrituras têm o métier cúltico-litúrgico. Vide Cl 3.16 “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração. 17 E tudo o que fizerdes, seja em palavra, seja em ação, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. Vide Ef 5.18-21 etc.
E, por tudo aqui arrazoado, não inventemos e não sejamos “bem-intencionados”! Mas, sejamos apenas os que creem no favor imerecido em CRISTO Jesus a fim de que o SENHOR receba o que lhe dirigimos. O que não nos exime em obedecer e igualmente crer que, por tal razão, comeremos do melhor dessa terra, como bênçãos decorrentes de colocarmos o Sola e Tota Scriptura em prática, inclusive no Culto prestado. Obediência e dependência nos são irrefutáveis!